quinta-feira, 30 de dezembro de 2010 | By: Igors Denali
Por um 2011 mais simples, melhor.



One last drink.

A verdade é que não sou calmo, paciente. Sou dominado facilmente pela impulsividade, pelos instintos. Não tenho estrutura emocional alguma, mas possuo consciência disso, domino e consigo transmitir segurança, isso que me torna uma pessoa certa aos teus olhos. Mas não se iluda com o meu sorriso, ele é apenas mais uma máscara para esconder meus verdadeiros sentimentos.

Igor's Denali

sábado, 25 de dezembro de 2010 | By: Igors Denali
Acreditei poder matar isso, mas quando me dei conta de que toda a minha criatividade continuava a girar em torno de apenas um ponto de inspiração, descobri que não se pode matar um sentimento como esse, nós apenas o colocamos em repouso, para talvez desperta-lo mais tarde, quem sabe, num momento em que estejamos realmente preparados para senti-lo.







Igor's Denali

Quando vi essa foto lembrei-me de algo, não tive dúvidas de que precisava de um texto para postar com ela.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010 | By: Igors Denali
Nunca disseram adeus, nem até mais, nem qualquer outra coisa que desse possibilidade de um fim ou de um próximo encontro; terminavam as conversas com beijos, quando mais frios com abraços. Talvez ele a ame. Talvez ela quisesse saber disso. Por causa da mudez das emoções que sentiam, eles não sabiam que destino davam a si. O bonito deles é a coisa mais simples em suas histórias: de alguma forma silenciosa e cheia de esperança, eles esperavam um pelo outro, embora nenhum pedido tenha sido feito.

Não sei quem escreveu.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010 | By: Igors Denali
Perturbo-me ao questionar-me se deixar de gostar de você é realmente a solução dos meus problemas. Deixar-te de lado. Jogar num canto qualquer todas as lembranças até a poeira inibir completamente a minha vontade de te procurar. Penso se todos esses pensamentos loucos e inconvenientes vão desaparecer algum dia, talvez simultaneamente ao momento em que permitir sua fuga total de mim. É o que quero, estou decidido, mas essa inquietude que me toma, todo este tempo que perco dando voltas no mesmo lugar apenas para me sentir atarefado, para não pensar, seria isso normal, saudável? Às vezes questiono se as lembranças vão continuar a me perseguir mesmo que esteja a vários quilômetros de distância. Tenho tentado acreditar que o tempo é capaz de fazer seu trabalho, de apagar, enferrujar, borrar ou ao menos desbotar mais um pouco tudo isso pelo que tenho passado. Não sei. Em alguns surtos de saudade e carência sinto-a como um veneno, e em outras horas, nestas tantas outras vezes quando me aparece com aquele seu jeito suave e incrivelmente sexy, logo ali a alguns metros de mim, eu vejo que talvez seja um remédio, mas afinal, era tu quem me causavas tantas dores. Entende? Hoje, mesmo em meio a toda essa ansiedade, confusão e distância, não possuo pressa em lhe ver, sentir, ou abraçar. Pode parecer irrelevante, talvez apenas mais uma farsa. Mas pela primeira vez acredito cegamente em minhas próprias palavras.

Igor's Denali
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010 | By: Igors Denali
Guardo em mim uma mina de palavras. As que têm mais valor estão presas bem lá no fundo, e essas que escrevo são as que encontro no subsolo da minha alma. Eu realmente queria entender, porque eu, sozinho, não consigo cavar tão fundo, e porque perto de você, o fundo raso se torna. Me explica?
É como se tudo tivesse se modificado a partir do momento em que te conheci, e pra melhor. Talvez pra preencher aquele espaço vazio que me definhava e que por mais que tentasse preenchê-lo, nunca conseguia de uma maneira exata. O fato é que eu nunca tive alguém de verdade em sentidos anatômicos e internos de espírito. Mas talvez esse fato tenha mudado desde que você apareceu pra mim, jogando todos os meus sonhos no lixo e colocando no lugar momentos de realidade totalmente inesperada.
De certo modo, é engraçado. Tudo que eu imaginava antes de te conhecer vai de encontro contrário ao que você é e ao que me proporcionas. Talvez pelo fato das palavras, na teoria, terem sido todas embaralhadas na prática. E, sinceramente, me agrada mais este ‘livro vivo’ do que aquele cheio de sonhos clichês o qual já vinha por arrancar páginas.
Não saber do que tal ‘livro’ realmente trata, quantidade de páginas... toda essa imprevisibilidade é de inevitável encanto. Eu nunca sei ao certo o que você pensa ao término de um beijo nosso, quando fixadamente prega seus olhos nos meus e faz o mundo todo ficar em silêncio; nunca sei qual vai ser a merda do dia que você vai falar para tirar-me um sorriso da boca; em que cálculo você vai errar, me fazendo raciocinar mais do que posso para localizar o erro, deixando-me atento a tudo que você fala a cada exercício resolvido; se hoje sua insônia vai atacar ao ponto de você me ligar no meio da madrugada e conversar comigo mil assuntos...
Ontem deitamos no tapete da sala e brisamos falando coisas. E numa dessas brisas, aprendi contigo uma teoria. A teoria da eternidade. Que o ‘pra sempre’ é um mero ‘faz-de-conta’ sentimentalmente irracional, que, lançado por impulso, contribui para que um determinado momento se torne especial ou para quem ouviu tais palavras de alguma forma, sinta-se seguro. Logo, disse-me que nunca me prometeria o eterno, porque uns cem anos de vida diante dele é apenas um começo, e seus vinte três anos não lhe permitiam cometer tal audácia. Que não cometeria tal erro, pois soa como pecado, um mortal prometer isso, quando mais cedo ou mais tarde tal infinito se reduzirá a ‘pó’ junto a um corpo numa cova. Questionou: “Você acreditou mesmo quando alguém disse que ia te amar pra sempre? As palavras são traiçoeiras, os impulsos também, por mais doces e sinceros eles demonstrem ser. Natural do ser humano é errar. Mas o que podemos fazer? Eu, pelo menos, procuro errar menos, sei medir o que falo, e tento, na prática, ir muito além das palavras que compõem as promessas padrões. O meu eterno é o agora, aqui, contigo, pois eu não sei o dia de amanhã.”
Entrelaçou seus braços em meu corpo e mostrou-me seu pulso. Eu vi o relógio, os segundos passavam tão calmos, talvez pelo valor enorme que eles representavam por estarmos tão juntos naquele momento.
Enfim, eu só queria ter a chance de encontrar uma palavra nesse meu garimpo, que significasse e nela estivesse contido todo esse sentimento de mim é oferecido a ti. E mesmo não a encontrando, sei que essas aqui juntas já significam alguma coisa. De qualquer forma, desculpe-me por esses cascalhos. Você sabe, o tesouro mesmo, cheio das pedras preciosas, só consigo encontrar (e te dar) quando estou perto de você.

Rodrigo Costa
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010 | By: Igors Denali
Através do vidro embaçado por minha respiração, delicados flocos de neve caem como plumas. Meu interior, meu esconderijo, onde tudo o que sobrevive somos eu e você. Aqui não há medo, nada além daquela janela importa. Minha mão fria pelo contato com o vidro desliza sobre teus cabelos, enquanto sinto teu ouvido fixo sobre meu peito. Pode sentir como é intenso e instável o som do meu coração batendo tão perto de ti? Então como se em outro plano você se levanta, se afasta em direção a porta. Minha mão pálida traça instintivamente um caminho lento sobre o espaço que nos separa, esse que aumenta a cada novo passo teu, enfim deixo-a cair suavemente, e meus lábios espicham-se num sorriso pouco animado. – Adeus. - Meus olhos escuros alcançam os teus por uma última vez, e o silêncio torna-se profundo, eterno.

Igor's Denali
sábado, 11 de dezembro de 2010 | By: Igors Denali
Neste mundo de disfarces e máscaras, o mais puro torna-se confuso e fica difícil distinguir o real do trivial, o banal do essencial. Às vezes uma zanga é mais honesta que um sorriso disfarçado de mentira, uma palavra dura é mais sincera que um carinho fictício que se dissolve na rotina da vida. Às vezes não damos valor a honestidade das pessoas que ainda mantêm a verdade, nos deixamos levar pelo que dizem os outros, fica mais fácil de acreditar nas pessoas com disfarces. E no fim, quando já ninguém tiver um disfarce, quando apenas fique sua vontade de amar, talvez você se veja sozinho, repousando os dias de sua vida em que encontrou o amor e o deixou passar, em que encontrou a lealdade e não soube valorizar, porque era mais simples flutuar que arriscar de verdade, que se entregar até o final.

D.M.
O ódio tornou-se tão comum em mim, que mal consigo me permitir sentir algum outro sentimento. Tomou posse de todo o espaço que possuo, secou toda gota de sentimento benéfico em mim. Dominou-me, matou-me, extinguiu-me.







Igor's Denali
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010 | By: Igors Denali
Como as estrelas que não vemos, mas que brilham todo o tempo sobre nossas cabeças, são os restos do que sinto por ti. Pequenos fragmentos que nem mesmo eu consigo enxergar ou sentir, mas lá estão, bem lá no fundo do meu íntimo, soterrados sobre cargas e mais cargas de outros milhares de sentimentos, parcialmente esquecidos. Hoje existem vários sentimentos que brilham e sobressaem-se, mas este, que não quero sentir ou deixar vir à tona, mostra-se desejoso de que eu o encontre e enlace-o, promovendo-o novamente à importância que um dia tanto pouco caso fez em possuir.

Igor's Denali
Naquele fim de noite
Decidi que iria mudar.
Tudo mudou para mim,
Não havia motivo para continuar.

Através do tempo, a melhora;
Através de minha mudança,
A mudança de tudo.
A mudança de sentimentos.

A raiva só impede a felicidade;
O amor só impede a razão.
A indiferença impede que
Certo alguém exista para si.

Tudo isso nos leva
À abstinência,
O que nos leva
À solidão.

Isabel Amorim / "Inconstante"

domingo, 21 de novembro de 2010 | By: Igors Denali
- Meu vício era ainda pior. A única droga que realmente pode lhe ferir. Te leva ao céu, ao mesmo tempo em que lhe arranca a pele ao envia-lo ao inferno. Adormece teus sentidos e intoxica tudo o que entra em contato com teu coração.

- E qual droga seria essa?

- O amor.




Assim, louvada seja a abstinência antes à overdose.



Igor's Denali
terça-feira, 16 de novembro de 2010 | By: Igors Denali
Joguei-me no puff e senti meu corpo agradecer por isso. Eram cinco e meia da manhã e não havia pessoas acordadas na minha casa, também estava grato por isso. Aquela festa poderia ter sido ainda pior, não fosse o toque de desejo e agitação que me mantiveram presos à ela até o fim. Agradeci por ter o primeiro minuto de paz na noite e deitei, aconchegando meu corpo levemente sobre o puff.

Então lá estava ela, seus olhos irreais de tão provocativos, dançando sobre o sorriso mais perfeito e desejável que já havia visto. Sem mais demoras, selei nossas bocas, e meu corpo estremeceu quando sentiu seu gosto. Nossas línguas apressadas brincaram mesclando o fogo e a tensão, meu corpo se comprimia contra o dela, encaixando-se perfeitamente. Explorei todas as partes tocáveis e ela assim o fez também. O beijo se intensificava a cada segundo, e senti choques e sensações que dispensam explicações. Meu abdômen se contraiu com o toque gelado dela, enquanto afundava a mão embaixo de minha blusa...

Levantei-me, meu peito subia e descia ofegante. Amaldiçoei o despertar, respirando fundo uma ou duas vezes, ainda estava confuso. Por quanto tempo havia adormecido? Meia hora, quinze minutos, talvez. Coloquei uma das mãos sob a cabeça e olhei para o teto do quarto, ainda deitado sobre o puff. Senti meu coração martelar descontrolado, voraz. Eu não sabia exatamente a razão de permitir que lágrimas grossas escorressem, talvez fosse por ter permitido deixar levar-me pelo desejo, ou talvez fosse pelo toque suave de seus lábios, ou o brilho em seus olhos e todo o resto terem sido apenas um sonho. Mas ainda assim, por mais doloroso e complicado que tudo aquilo parecesse ser, permiti que minha mente vagasse curiosa pelas várias teorias que me envolviam, comprovando o amor e o desejo escondidos através de cada ínfimo gesto que eu controlava incessantemente. Sem mais dúvidas. Ela pertencia a mim, indiretamente, da mesma forma enlouquecedora que eu pertencia a ela. Adormeci novamente.

Igor's Denali
quinta-feira, 11 de novembro de 2010 | By: Igors Denali
Seu olhar nunca mais foi o mesmo, não porque não fosse mais tão lindo, também não por já não brilhar daquela forma reconfortante, como estrelas. Ele foi se perdendo, para mim, de mim, e hoje já não surte mais efeito. Seu brilho fosco não lhe promove em meu interior, não retira o gosto agridoce que você própria colocou sobre seus lábios feridos.
Igor's Denali
segunda-feira, 8 de novembro de 2010 | By: Igors Denali
Amor ou auto-flagelação, como seja. O sentimento pelo qual aguardamos, se não pela reciprocidade, por reconhecimento, pelo simples fato de amar. Contudo, aguardar pelo obrigado, às vezes torna-se cansativo. Ínfimas são as perspectivas para alguém que possui um orgulho inflamado, de agradecer-lhe, independente do quão enorme e cansativo tenha sido teu esforço. Assim, nós que ainda sonhamos ser reconhecidos por qualquer que tenha sido o objeto ou sentimento doado, temos de guardar para nós a incompreensão e a confusão de não entender o quanto difícil pode ser dizer o maldito “Obrigado”. Esperar aqui, congelado sob o sentimento de vazio, esse que domina aqueles que amam, é desconfortável, mas ainda mais orgulhoso do que os citados antes, sãos os que aguardam sem reconhecimento. Amor ou auto-flagelação...

Igor's Denali
segunda-feira, 1 de novembro de 2010 | By: Igors Denali







Make a wish, Igor.
Durante toda minha vida permaneci com o medo de perder pessoas que dela fazem parte, inconsciente, talvez, de que guardar as lembranças do quanto já foram boas e importantes em algum certo período, seria, em suma, melhor do que assumir que nada mais significam. Para que não me sinta solitário, apesar de cercado por uma incrível quantidade de pessoas, - da qual só agora me dei conta de que são igualmente merecedoras de minha atenção – percebo que não existe necessidade de corromper as lembranças de sentimentos por antigas amizades. - Não é porque não sentimos o mesmo que algum dia sentimos, que precisaremos envenenar os bons momentos que permanecerão, eternamente, mas invariavelmente apenas em lembranças.

- Faço questão de agradecer a toda essa “incrível quantidade de pessoas” que me cerca, tanto o carinho que recebi ontem a noite no centro dos meus colegas, os livros e cartas que recebi pelo correio, mensagens no celular, no twitter, orkut e derivados. Obrigado pela preocupação e interesse de todos aqueles que se importam, e em igual quantidade, despertam o mesmo em mim.

Igor's Denali
sábado, 23 de outubro de 2010 | By: Igors Denali
Não vejo nos olhos, não posso tocar além da fria tela do notebook, que mesmo assim, invariavelmente fria, conforta-me. Distante, mas tão próxima que nem poderia imaginar, sinto-a na alma. Suas histórias, quero ouvi-las o tempo todo, conhecê-la mais, para ajudar quando necessário. Seus abraços fragilmente ilustrados com emoticons, são tão carinhosos quando os reais, pois mesmo virtuais, fundam-se nas mesmas emoções e intenções. Afinal, you can’t see me, no. Like I see you.

Igor's Denali
sexta-feira, 22 de outubro de 2010 | By: Igors Denali
Ela entregou-me uma chave, segundo ela, essa simbolizava a chave de seu coração. Com ela, guardou uma de igual tamanho e forma, dizendo ser a do meu. Então, como sempre, após eu estragar as coisas com minha arrogante indiferença aos sentimentos... Entregou-me a chave que carregava consigo. E suas últimas palavras ainda permanecem gravadas em minha mente. “-Não quero mais essa chave, mas a minha, continue com ela. Apesar de tudo, você sempre terá a chave do meu coração junto ao seu para confortá-lo. Quando enfim perceber que precisa mudar, e estiver disposto, me procure."

Hoje, carrego duas chaves junto ao peito, geladas enquanto vibram sobre o pulsar do meu coração agitado. Cogito a idéia de jogá-las fora, de qualquer forma, já carrego muito peso.

À noite, ainda indiferente, rio do erro que ela cometeu ao acreditar que a chave que carregava, poderia, por menor que fosse a crença, ser a do meu coração.

Igor's Denali

domingo, 17 de outubro de 2010 | By: Igors Denali
Tão juntos ficamos, aconchegados. Podia ouvir o sussurro da respiração dela, logo ali, junto ao meu peito. Em certos instantes conseguia discernir, mesmo entre tantos sentidos que se amontoavam confusos, o aroma de seu hálito quente. O calor de seu corpo, ou até mesmo a percepção de saber onde ela estava, tão perto de mim, logo fizeram com que minha mente entrasse em êxtase. Por tão próximos que estivessem nossos olhos, poderia ver das mais antigas lembranças ao maior e mais pavoroso temor, mas incompreensíveis a mim ainda eram os pensamentos os quais ela nutria naquele instante. Enquanto ao meu corpo, meu sangue pulsava, minhas veias latejando cheias de desejo reprimido. No momento em que meus lábios poderiam tocar os dela, por mais que quisesse que aquele momento durasse eternamente, fragmentei-o. Quando enfim estávamos em sincronia como nunca estivemos, fiz o melhor que pude para afastá-la sentimentalmente. Dói, mas todo esse desconforto é a prova mais concreta do sacrifício que fiz, faço e farei para mantê-la distante. Continuarei afastando-a, mesmo que doa, para garantir que outro a leve à felicidade, essa a qual, não sou capaz – ou a melhor opção - de oferecer.

Ela não sabe, não saberá. A cada dia, espero que esteja nutrindo por mim mais raiva e desapontamento. Pois nunca a vi tão feliz quanto parece estar comigo distante. E ai então, talvez algum dia eu tenha a sorte, enfim, de acreditar também na raiva e desapontamento que tanto finjo sentir por ela.

Igor's Denali
sábado, 16 de outubro de 2010 | By: Igors Denali
Quando se perde algo, quanto da dor que nos forçamos a sentir é necessária? Em memórias forjadas, criamos momentos felizes para nos sentirmos melhor, momentos esses que no fundo não existiram. Quando sobram palavras e faltam sentimentos, fica claro que parte de sua vida foi tão vazia quanto possível. Não sei ao certo quanto da minha vida merece destaque, nem ao menos se algo no meu passado, já esquecido, teria sido tão significativo que me fizesse querer ressaltá-lo. Sinto que estou esquecendo algo muito importante, mas não consigo me lembrar de modo algum. Então, qual grau de importância realmente teria nisso? Estou errado nas muitas vezes em que digo estar certo, mas disto tenho certeza: as lembranças daquilo que realmente nos marcam nunca partem, se partirem, retornam. Nunca faça nada que possa ferir se tiver medo de ser esquecido. Pode dizer que não se arrependerá, mas ninguém pode ser totalmente seguro sobre algo assim, pois mesmo o Ártico está sujeito a mudanças de temperatura. Reflita.

Igor's Denali
Vaga quem vai. Quem fica vaga.
Nas lembranças nos encontraremos,
Se na realidade não for possível.
O importante é que já conjugamos
a existência num mesmo tempo.
A transitoriedade da amizade não a deixa efêmera,
Pois é perene aquilo que se viveu com intensidade,
Mesmo que a lembrança venha em fragmentos.

Igor's Denali

sexta-feira, 15 de outubro de 2010 | By: Igors Denali
Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível , um hábito não é uma necessidade. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

Fernando Pessoa
terça-feira, 12 de outubro de 2010 | By: Igors Denali
O único sentimento que consigo nutrir por você neste momento é decepção, as coisas mudaram não é? O tempo está passando, e sinceramente, ele não lhe fez muito bem. Sinto falta do seu antigo eu, daquela pessoa que você costumava ser. É bem triste mesmo que você tenha se tornado tão vulnerável, pior que isso, egoísta. Talvez esteja na hora de rever seus conceitos, enxergar o que há além do seu mundo, dar valor a quem tanto lhe ama e tanto já fez, faz e fará por você, e pensar melhor antes de falar, porque uma frase mal dita pode ferir bem mais que qualquer arma , e a dor é tão profunda que mata aos poucos.

@annyrodrigueez
segunda-feira, 4 de outubro de 2010 | By: Igors Denali
O amor se dá mais em atitudes do que em palavras, está em pequenos gestos, na ternura da simplicidade. Elogios são olhares, sorrisos. Carinho é o aconchego de um abraço, o calor de um beijo. A beleza dos sentimentos no ínfimo sussurro de um respirar apaixonado.

Igor's Denali
sexta-feira, 24 de setembro de 2010 | By: Igors Denali
Existe uma razão para as pessoas dizerem que não se pode esperar demais. E sempre que podemos, fazemos as escolhas certas pelas pessoas que amamos. Porque quando você ama alguém, não existe limite para o que você pode conquistar.

Kyle xy
- Olhe para o céu e veja aquela estrela, a que não brilha muito, mas se destaca. - Disse ele olhando atentamente para ela enquanto apontava para a imensidão do céu. - Está vendo?
- Não, não consigo encontrá-la. – ela disse perplexa para ele, como ele queria que ela encontrasse uma estrela entre tantas?
- É, imaginei. - continuou ele, os cantos de sua boca se levantando em uma sugestão de sorriso. – Nem poderia, agora está ao meu lado. De perto, você brilha muito mais. – lentamente se aproximou, sentindo o hálito quente despertar seus desejos. Seus lábios se encontraram, e então sentiu aquela sensação, o êxtase de beijar uma estrela.

Igor's Denali

quarta-feira, 15 de setembro de 2010 | By: Igors Denali
"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não. Quero é uma verdade inventada."

─ Clarice Lispector
quarta-feira, 8 de setembro de 2010 | By: Igors Denali
Naquela rua onde árvores se entrelaçavam, apoiando-se umas nas outras como amantes, uma alma vazia caminhou. Com todas as decepções acarretadas, desejos nunca alcançados, amores nunca vividos, não mais se apegaria as coisas ao seu redor, preocupava-se apenas em manter as mãos firmes para segurar a rosa que carregava consigo, uma amante silenciosa, mesmo que fria. Durante um descuido, uma ventania repentina, em uma brusca investida, levou o aroma de sua rosa, e a alma, sem muito se preocupar, não hesitou em permanecer com o percurso lento pela rua escura. A alma continuou, e uma chuva quebrou o silencio que aqueles passos ocos e sem determinação causavam, uma música gélida se formava do encontro das gotas com a rocha, um som que se encaixava perfeitamente à pintura melancólica daquela alma. E enfim, da rosa, levou também a cor. Invariavelmente despreocupada, a alma arrastou-se sem enxergar as folhas das antigas árvores na rua caindo ao seu redor, secas e mortas, e assim, se foram as pétalas já também secas de sua rosa. O tempo é rude, leva a beleza, a cor e também a sensibilidade, coisas perdem valor e sentimentos se esvaem. E àquela alma, nada realmente importava agora, pois completamente solitária, nada fazia sentido. Ironia, pois apenas ela não havia percebido, que desde o começo, a solidão fora seu único companheiro. E naquele instante, junto aos primeiros flocos de neve, pereceu.

No fim, como desde o começo, era apenas uma existência vã, jazendo sob os ramos de uma rosa sem aroma e sem cor, tão sozinha quanto da primeira vez.

Igor's Denali
segunda-feira, 6 de setembro de 2010 | By: Igors Denali
Nas sombras da noite, envolvidos pelas cortinas de pecado, escondem-se desejos dos quais o tempo não é capaz de satisfazer. Erros insanamente tentadores, mas imperdoáveis mesmo ao fulgor do sol.

Igor's Denali



Alguns elevam-se pelo pecado, outros caem pela virtude.

William Shakespeare
quinta-feira, 2 de setembro de 2010 | By: Igors Denali
Sussurrarei aos teus ouvidos. Mesmo que me torne o que nunca quis ser, que fuja do que nunca quis fugir, que exista sem princípios e nenhuma finalidade. Nada importará, não enquanto, mesmo que de relance, eu veja os menores motivos que me façam lhe desejar.


Sem talvez algum dia, verdadeiramente lhe possuir.







Igor's Denali
- Acho que estou sempre tão preocupado com o que os outros possam vir a pensar, que nunca sobra tempo bastante para pensar no que quero para mim realmente.











Igor's Denali
quinta-feira, 12 de agosto de 2010 | By: Igors Denali
Ela levantou os olhos suplicantes, e por um instante nada mais importava à Marck a não ser o calor daquele brilho e a necessidade exorbitante de protegê-la.
– É tão sério que precisa usar sua persuasão? – disse ele fechando os olhos.
Ela abaixou os seus novamente, fitando o chão que naquele instante parecia incrivelmente interessante.
- Não iria conseguir guardar isso para mim mesmo. E você não desistiria até descobrir, não é? – sem esperar uma resposta ela continuou. – Tudo bem. - então puxou o ar, e suspirou.
Contou-lhe o sonho, e ao terminar lágrimas escorriam sobre sua face.
- Calma, foi apenas um sonho. – Marck correu seus braços em torno dela, deixando-a repousar a cabeça em seu ombro.
- Você não entende. – soluçou, levantando a cabeça para olhá-lo – Olhe para vocês. Eroin é tão inteligente e forte. E você... ah Marck. Tão ágil e destemido. – ela baixou os olhos tristes. – Não faço diferen...
- Não ouse dizer que não é importante. – ralhou Marck. – Você é importante pra mim. E não precisa usar a persuasão para que eu perceba isso. – ele forçou os braços, apertando-a em um abraço carinhoso.
- Obrigado. – foi tudo o que ela conseguiu dizer.

- Mais um pequeno pedacinho do meu livro pra vocês. Eu particularmente gosto dessa parte. kk

Igor's Denali
quarta-feira, 11 de agosto de 2010 | By: Igors Denali
Lembro-me dos seus olhos em mim, penetrando a carne em brasa como balas. Eu me lembro do quanto eu a desejava, e com isso meus lábios sorriram de dor. Minha pele queimava com seus olhos em mim. Eles, como se quisessem dizer que nunca me abandonariam, estavam sempre a me observar, de dentro pra fora, seguros como naquela primeira vez. Mas era incomodo, ainda havia o vazio interior em mim. Com os olhos apertados para segurar as lágrimas, pude sentir a luz se apagando nos seus, e a dor em seu sorriso – também a dor do meu sorriso por ter sido tomado pela percepção de que sentia agora o meu vazio em si. E eu entendia, pois ninguém além dela poderia ver o quanto eu estava vazio: era ela a única razão do mesmo.

Igor's Denali
quinta-feira, 29 de julho de 2010 | By: Igors Denali
Abaixei minha cabeça, amedrontado. Podia sentir sua presença, seu corpo se aproximando inocentemente – e talvez apenas por tal inocência se aproximasse - sem desconfiar do meu desejo. Forcei-me a não olhar, sabendo que no momento que seus olhos encontrassem os meus , tudo estaria perdido. Joguei levemente a cabeça para o lado, fazendo assim com que os cabelos caíssem nos olhos , camuflando-os. Recusei-me a pensar – mas como não pensar? Tudo o que mais desejei em toda a minha existência se aproximava de mim, e todos os meus sentidos ansiavam sedentos por isso. - Puni-me mentalmente naquele instante, mas sabia que era desperdício tentar resistir. Entreguei-me, desistindo totalmente. Levantei lentamente meu olhar por seu corpo, perdendo o foco por vários instantes durante o percurso até seus olhos. Os olhos, as incríveis janelas da alma. Ao enlaçá-los com os meus, fui tomado por sua segurança, estando já guardado em seus braços, senti as cores dos meus medos tremularem e se apagarem, acalmei-me ouvindo sua doce voz, assegurando que tudo ficaria bem, pois estaria sempre comigo.

Igor's Denali

sábado, 24 de julho de 2010 | By: Igors Denali
Sonhos, doces devaneios que ao luar satisfazem minha sede de você. Fico feliz enquanto isso. Meu corpo e minha mente variavelmente confusos e entorpecidos por essa necessidade que me causa, uma anestesia natural que me ajuda a superar a dor do amanhecer. Porque, por mais que tente voltar para nosso sonho, a realidade só deixa mais e mais claro de que não passa de ilusão. E como nunca será mais do que isso, continuarei, mesmo que doa, a sonhar e me perder em você.

Igor's Denali
quinta-feira, 22 de julho de 2010 | By: Igors Denali
Escuto uma voz falando sutilmente enquanto atravesso a linha do que julgo errado, mas incerta e inconveniente às minhas necessidades, é tão rapidamente eclipsada por elas. Em alguns instantes não há nada além de silêncio, mas ela volta, sempre volta. Gritos doentios me assolam, chegam em estranhos solavancos, censurando-me, como uma nuvem de tempestade pairando sobre meus erros.

Igor's Denali
quinta-feira, 8 de julho de 2010 | By: Igors Denali
Com toda sua magnitude - e falta de senso - inoportuna, destrói a barreira de auto-proteção cansativamente trabalhada, mas tão frágil e impotente quão possível, agora percebo. Toda essa sensação de ansiedade, medo, vontade e novamente medo, apesar de não saber exatamente qual sensação é o medo e qual é ansiedade ou vontade. Nessa confusão de pensamentos amontoados dentro de mim, me sinto tão inerte e sozinho. - Na verdade não me sinto, sou apenas os pensamentos que vagam, cada qual tão indistinto que mal sei mais sobre o que são e a quem pertencem. - Não sei. E o desejo, cada vez maior e mais gelado por dentro, mais quente e doentio por fora. Todas as sensações premeditadamente vãs, com o simples objetivo de roubar minha paz. Ninguém vai entender. Só eu sei o quanto isso ocupa em mim.

Igor's Denali

-Amor?
quarta-feira, 7 de julho de 2010 | By: Igors Denali
Tenho trabalhado tanto, mas sempre penso em você. Mais de tardezinha que de manhã, mais naqueles dias que parecem poeira assenta e com mais força quando a noite avança. Não são pensamentos escuros, embora noturnos…
Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você. Eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?
Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu.
Mas se você tivesse ficado, teria sido diferente?
Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente?
Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.
Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina.
Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo.
Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis.
. . . E eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar de mim – para não querer, violentamente não querer de maneira alguma ficar na sua memória, seu coração, sua cabeça, como uma sombra escura.

Caio Fernando Abreu


quinta-feira, 24 de junho de 2010 | By: Igors Denali
Tomado pelo ritmo de uma música indistinta, caminhei desinteressado pela casa. Cansado, tão quanto possível estar, o som nos ponteiros dos segundos trespassavam por minha cabeça como lanças afiadas, forçando meus ouvidos a implorarem por silêncio e meu corpo por descanso. Já não pertencia mais àquele lugar, e como em um sonho – ou talvez realmente estivesse em um - vislumbrei um anjo. Sob o efeito da luz suave que banhava sua face, senti o brilho radiante como se banhada pela mais tênue luz do sol, e o sono e todo cansaço não passavam de uma lembrança frágil e distante. Olhei-a perplexo, sendo o pulsar do sangue em minhas veias naquele instante tão audível quanto o arfar da minha respiração ansiosa. Então ela sorriu, e tão surpreendente quanto o calor que aquele tímido sorriso me passou, foi que a partir daquele instante eu tinha a mais concreta certeza de que, durante toda minha vida, havia sido ela por quem procurei.

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segunda-feira, 21 de junho de 2010 | By: Igors Denali



- Meus olhos vidrados a fitavam inconscientes por entre a janela, enquanto pelas laterais, enxergava apenas vislumbres do que acontecia ao meu redor. As palavras que encontravam o centro da minha mente eram apenas restos de frases, e não faziam sentido algum. Começavam e me irritar todas aquelas lágrimas que forçavam saída por meus olhos, deixando minha visão fora de foco. Minha boca se movimentava constantemente, mas eu continuava mudo, procurando por todas as coisas que estavam presas dentro de mim, tudo que queria, mas não devia falar. Então ouvi um barulho agudo, que aos poucos me fez voltar a mim, tirando-me daquele devaneio.





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Apertei meus olhos com força e fiz meu último desejo. Foi então que a vi. A fúria escondida sob aquela máscara angelical queimou-me: foi o calor da liberdade. Pude senti-la por breves instantes, pois nos seguintes, àquela criatura divina eu estava preso para eternidade.

- Quando olha nos meus olhos, seu olhar é meu. Apenas meu.

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sexta-feira, 11 de junho de 2010 | By: Igors Denali
A noite chega, a chuva cai. E eu ainda espero por você, desconhecida. - Não escolhida, jamais vista, talvez perdida. Caminho pelas trilhas da vida tentando lhe encontrar. Onde está você minha querida? Espero por ti sem tempo nem interesse para mais nada, pois sei que mesmo quando a luz do sol abrir caminho sobre as lagrimas da chuva, as minhas continuarão a cair enquanto aguardo por teu beijo. Grito silenciosamente para mim mesmo, intrigado com o bombear fraco e angustiado do meu coração. Não se atrase.

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sexta-feira, 4 de junho de 2010 | By: Igors Denali
Nas minhas escolhas tentei os meios que pareciam mais fáceis, mas como se destinados ao fracasso, todos assim foram. Como escolha mais fácil também decidi não sofrer por aquilo que, na sua totalidade, não possuísse nenhuma importância considerável. É o que tento fazer agora, por mim e por aqueles à minha volta.
Essa, uma via que encontrei, uma forma de me desligar daquilo que me incomoda sem preocupar quem se preocupa comigo, ou talvez apenas uma nova tentativa já frustrada de enganar a mim mesmo.

Igor's Denali.
terça-feira, 1 de junho de 2010 | By: Igors Denali
"[...] Um fogo derreteu o gelo em Carly. Uma súbita corrente de ódio tanto pela garota quanto por Marck subiu por seu corpo, e ela avançou feroz. Por um instante tudo parecia normal, ela sabia o que fazer. Mas quando os lábios da garota se uniram aos de Marck e a música parou, todo o quadro se transformou, e Carly percebeu de onde vinha a luz que iluminava o recinto.
A caverna não era a mesma, haviam ossos espalhados e corpos de criaturas desconhecidas amontoados em um canto. Um cheiro forte de enxofre invadiu as narinas de Carly: o podre perfume do monstro.
O cabelo ruivo subia em labaredas vermelhas e amarelas, um fogo ardente queimando descontrolado. A bela face da jovem já não era mais tão bela, todos seus traços eram hostis e inumanos. Nos olhos azuis brilhavam uma sede exorbitante, enquanto por seus lábios vermelhos escorriam o sangue de Marck."

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É só um pedaço do 5º capítulo do meu livro.

sábado, 29 de maio de 2010 | By: Igors Denali


- Não há segredos. Nos nossos olhos, todas as perguntas encontram respostas silenciosas. Nós mudamos, não fisicamente, mas mudamos. Claro que toda essa situação é estranha, mas vamos nos acostumar. Não me arrependo, e espero que você também não. Foi um voto de confiança e estou feliz por isso. Não preciso de mais nada que não possa/deseje oferecer, tudo está perfeito como está.









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domingo, 23 de maio de 2010 | By: Igors Denali
Continuo a guardar a fotografia na gaveta. Abandonada, escondida sob um emaranhado de livros que nunca irei ler. Completamente esquecida. Lembra quando a tiramos? Tudo em que pensávamos era em como o tempo era cruel por não esperar por nós, e em uma de suas investidas, levou-nos um do outro. Agora que não há nevoa em meus olhos, percebo que culpar o tempo é culpar a nós mesmos por não termos sido capazes de elevar nossos sentimentos para superá-lo. De qualquer forma, o tempo não importa mais. Quando quis de volta a fotografia da gaveta, sua face estava corroída pelas traças. Afinal, quem era você? Se eu soubesse tudo seria mais fácil, pelo menos em tese.

Igor's Denali
sexta-feira, 21 de maio de 2010 | By: Igors Denali
Por mais que você passe horas escolhendo a maçã mais bonita, não fará diferença, você nunca vai saber o quão podre ela é por dentro, até mordê-la.

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