quinta-feira, 12 de agosto de 2010 | By: Igors Denali
Ela levantou os olhos suplicantes, e por um instante nada mais importava à Marck a não ser o calor daquele brilho e a necessidade exorbitante de protegê-la.
– É tão sério que precisa usar sua persuasão? – disse ele fechando os olhos.
Ela abaixou os seus novamente, fitando o chão que naquele instante parecia incrivelmente interessante.
- Não iria conseguir guardar isso para mim mesmo. E você não desistiria até descobrir, não é? – sem esperar uma resposta ela continuou. – Tudo bem. - então puxou o ar, e suspirou.
Contou-lhe o sonho, e ao terminar lágrimas escorriam sobre sua face.
- Calma, foi apenas um sonho. – Marck correu seus braços em torno dela, deixando-a repousar a cabeça em seu ombro.
- Você não entende. – soluçou, levantando a cabeça para olhá-lo – Olhe para vocês. Eroin é tão inteligente e forte. E você... ah Marck. Tão ágil e destemido. – ela baixou os olhos tristes. – Não faço diferen...
- Não ouse dizer que não é importante. – ralhou Marck. – Você é importante pra mim. E não precisa usar a persuasão para que eu perceba isso. – ele forçou os braços, apertando-a em um abraço carinhoso.
- Obrigado. – foi tudo o que ela conseguiu dizer.

- Mais um pequeno pedacinho do meu livro pra vocês. Eu particularmente gosto dessa parte. kk

Igor's Denali
quarta-feira, 11 de agosto de 2010 | By: Igors Denali
Lembro-me dos seus olhos em mim, penetrando a carne em brasa como balas. Eu me lembro do quanto eu a desejava, e com isso meus lábios sorriram de dor. Minha pele queimava com seus olhos em mim. Eles, como se quisessem dizer que nunca me abandonariam, estavam sempre a me observar, de dentro pra fora, seguros como naquela primeira vez. Mas era incomodo, ainda havia o vazio interior em mim. Com os olhos apertados para segurar as lágrimas, pude sentir a luz se apagando nos seus, e a dor em seu sorriso – também a dor do meu sorriso por ter sido tomado pela percepção de que sentia agora o meu vazio em si. E eu entendia, pois ninguém além dela poderia ver o quanto eu estava vazio: era ela a única razão do mesmo.

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