quinta-feira, 22 de março de 2012 | By: Igors Denali

A semana se arrastava em um completo desajuste, isso provavelmente, para acompanhar o meu desequilíbrio interno, que, porém, já se estendia por um período um pouco maior para ser contado em apenas semanas. O meu quarto escuro, abafado, frio. Um frio que me deixava melancólico, por mais que sempre tenha sido apaixonado por ele. A única luz que incidia no cômodo era a da tela da Tv e das frestas da persiana na janela, e, por ela eu sentia e ouvia os pingos da chuva se misturando com a música de John Mayer, chovia, parava e ele cantava, chovia, parava e ele cantava, num ritmo completamente desorganizado. Nada estava muito “certo”. Era como se enfim, Deus estivesse em dúvida do que realmente queria, para o clima, para o pobre John,e claro, para mim. 

Vi-me em um estado semi-falecido, o qual eu decidi, na época, classificar como "presente". E como o presente, esperava que não tardasse a ser logo passado. Uma fase ruim da qual, tempo mais, tempo menos, nem me recordaria de ter acontecido. Não sentia nada, não me importava com nada, tanto faz como tanto fez, nem triste nem alegre, apenas... Eu embalava minhas pernas com os braços, balançando sem muita sincronia ou coordenação, e então parava, só para provar que eu ainda tinha controle sobre alguma coisa, por mais banal que fosse, e ainda sim, isso me jogava na cara a decadência em que eu me encontrava. Por mais terrível que tudo isso possa parecer, eu acho que no fundo eu ainda gosto da dor que sinto às vezes. Melhor do que nada. Não muito raro, penso nas coisas que nunca aconteceram, que nem poderiam acontecer. Planos que nunca se concretizaram, frases que nunca foram ditas, sensações que só ficaram subentendidas por que eu estava nervoso demais para olhar nos seus olhos e decifrar o que você sentia, o que precisava. Estava tão perto, mas ao mesmo tempo tão inatingível, e, por mais força que eu fizesse nunca alcançaria. Ficou tudo guardado, todas essas lembranças que eu não consegui me desfazer, e  mesmo se quisesse, jamais sairiam de mim, pois no fundo, nem me pertenceram realmente.

- Igor Denali
sexta-feira, 16 de março de 2012 | By: Igors Denali
I miss you, asshole.
domingo, 11 de março de 2012 | By: Igors Denali
"- Há um antigo mito chinês sobre o Fio Vermelho do Destino. Diz que os deuses predem um fio vermelho no tornozelo de cada um de nós, e o conectam a todas as pessoas cujas vidas estamos destinados a tocar. 




                   Esse fio pode esticar ou emaranhar-se, mas nunca irá partir."


Não é do meu feitio postar sobre essas coisas aqui, mas... Acabei de assistir o primeiro episódio de Touch, e só tenho uma palavra para descrever: "uau". É realmente incrível como eles trabalharam a simplicidade na complexidade dos acontecimentos. Não vou nem descrever aqui o que acontece, nem o que envolve a série, isso fica a gosto de vocês pesquisarem. Eu vou acompanhar, logo que, desde já, tornou-se uma das minhas séries favoritas. Recomendo mil vezes.
sábado, 10 de março de 2012 | By: Igors Denali
Dependendo do ponto de vista, é uma honra mudar por sua própria decisão, em vez de esperar o ciclo natural barato. Pois ser ousado é se atrever com quem/o que desconhece. Sem querer conhecer, e claro, jamais temer. Temor, estranheza e/ou fascinação de quem me olha de longe, e incompreensão, em suma, dos que comigo convivem. Por conveniência, não me orgulho, não me arrependo da distância que crio em mim, das pessoas, para que quase nunca me coloquem as mãos, por crimes perfeitos com rastros falsos e pistas errôneas, como se meu corpo transparecesse dor, e minha alma ferisse. Se meus olhos queimassem, e meu toque confundisse. E, apesar de ter escolhido uma via nem sempre tão feliz e que me faça absolutamente realizado, estou cada vez mais satisfeito pelo novo, melhorado e desapegado eu.

No pain, no gain.

- Igor Denali