quinta-feira, 24 de junho de 2010 | By: Igors Denali
Tomado pelo ritmo de uma música indistinta, caminhei desinteressado pela casa. Cansado, tão quanto possível estar, o som nos ponteiros dos segundos trespassavam por minha cabeça como lanças afiadas, forçando meus ouvidos a implorarem por silêncio e meu corpo por descanso. Já não pertencia mais àquele lugar, e como em um sonho – ou talvez realmente estivesse em um - vislumbrei um anjo. Sob o efeito da luz suave que banhava sua face, senti o brilho radiante como se banhada pela mais tênue luz do sol, e o sono e todo cansaço não passavam de uma lembrança frágil e distante. Olhei-a perplexo, sendo o pulsar do sangue em minhas veias naquele instante tão audível quanto o arfar da minha respiração ansiosa. Então ela sorriu, e tão surpreendente quanto o calor que aquele tímido sorriso me passou, foi que a partir daquele instante eu tinha a mais concreta certeza de que, durante toda minha vida, havia sido ela por quem procurei.

Igor's Denali

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