sábado, 23 de outubro de 2010 | By: Igors Denali
Não vejo nos olhos, não posso tocar além da fria tela do notebook, que mesmo assim, invariavelmente fria, conforta-me. Distante, mas tão próxima que nem poderia imaginar, sinto-a na alma. Suas histórias, quero ouvi-las o tempo todo, conhecê-la mais, para ajudar quando necessário. Seus abraços fragilmente ilustrados com emoticons, são tão carinhosos quando os reais, pois mesmo virtuais, fundam-se nas mesmas emoções e intenções. Afinal, you can’t see me, no. Like I see you.

Igor's Denali
sexta-feira, 22 de outubro de 2010 | By: Igors Denali
Ela entregou-me uma chave, segundo ela, essa simbolizava a chave de seu coração. Com ela, guardou uma de igual tamanho e forma, dizendo ser a do meu. Então, como sempre, após eu estragar as coisas com minha arrogante indiferença aos sentimentos... Entregou-me a chave que carregava consigo. E suas últimas palavras ainda permanecem gravadas em minha mente. “-Não quero mais essa chave, mas a minha, continue com ela. Apesar de tudo, você sempre terá a chave do meu coração junto ao seu para confortá-lo. Quando enfim perceber que precisa mudar, e estiver disposto, me procure."

Hoje, carrego duas chaves junto ao peito, geladas enquanto vibram sobre o pulsar do meu coração agitado. Cogito a idéia de jogá-las fora, de qualquer forma, já carrego muito peso.

À noite, ainda indiferente, rio do erro que ela cometeu ao acreditar que a chave que carregava, poderia, por menor que fosse a crença, ser a do meu coração.

Igor's Denali

domingo, 17 de outubro de 2010 | By: Igors Denali
Tão juntos ficamos, aconchegados. Podia ouvir o sussurro da respiração dela, logo ali, junto ao meu peito. Em certos instantes conseguia discernir, mesmo entre tantos sentidos que se amontoavam confusos, o aroma de seu hálito quente. O calor de seu corpo, ou até mesmo a percepção de saber onde ela estava, tão perto de mim, logo fizeram com que minha mente entrasse em êxtase. Por tão próximos que estivessem nossos olhos, poderia ver das mais antigas lembranças ao maior e mais pavoroso temor, mas incompreensíveis a mim ainda eram os pensamentos os quais ela nutria naquele instante. Enquanto ao meu corpo, meu sangue pulsava, minhas veias latejando cheias de desejo reprimido. No momento em que meus lábios poderiam tocar os dela, por mais que quisesse que aquele momento durasse eternamente, fragmentei-o. Quando enfim estávamos em sincronia como nunca estivemos, fiz o melhor que pude para afastá-la sentimentalmente. Dói, mas todo esse desconforto é a prova mais concreta do sacrifício que fiz, faço e farei para mantê-la distante. Continuarei afastando-a, mesmo que doa, para garantir que outro a leve à felicidade, essa a qual, não sou capaz – ou a melhor opção - de oferecer.

Ela não sabe, não saberá. A cada dia, espero que esteja nutrindo por mim mais raiva e desapontamento. Pois nunca a vi tão feliz quanto parece estar comigo distante. E ai então, talvez algum dia eu tenha a sorte, enfim, de acreditar também na raiva e desapontamento que tanto finjo sentir por ela.

Igor's Denali
sábado, 16 de outubro de 2010 | By: Igors Denali
Quando se perde algo, quanto da dor que nos forçamos a sentir é necessária? Em memórias forjadas, criamos momentos felizes para nos sentirmos melhor, momentos esses que no fundo não existiram. Quando sobram palavras e faltam sentimentos, fica claro que parte de sua vida foi tão vazia quanto possível. Não sei ao certo quanto da minha vida merece destaque, nem ao menos se algo no meu passado, já esquecido, teria sido tão significativo que me fizesse querer ressaltá-lo. Sinto que estou esquecendo algo muito importante, mas não consigo me lembrar de modo algum. Então, qual grau de importância realmente teria nisso? Estou errado nas muitas vezes em que digo estar certo, mas disto tenho certeza: as lembranças daquilo que realmente nos marcam nunca partem, se partirem, retornam. Nunca faça nada que possa ferir se tiver medo de ser esquecido. Pode dizer que não se arrependerá, mas ninguém pode ser totalmente seguro sobre algo assim, pois mesmo o Ártico está sujeito a mudanças de temperatura. Reflita.

Igor's Denali
Vaga quem vai. Quem fica vaga.
Nas lembranças nos encontraremos,
Se na realidade não for possível.
O importante é que já conjugamos
a existência num mesmo tempo.
A transitoriedade da amizade não a deixa efêmera,
Pois é perene aquilo que se viveu com intensidade,
Mesmo que a lembrança venha em fragmentos.

Igor's Denali

sexta-feira, 15 de outubro de 2010 | By: Igors Denali
Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível , um hábito não é uma necessidade. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

Fernando Pessoa
terça-feira, 12 de outubro de 2010 | By: Igors Denali
O único sentimento que consigo nutrir por você neste momento é decepção, as coisas mudaram não é? O tempo está passando, e sinceramente, ele não lhe fez muito bem. Sinto falta do seu antigo eu, daquela pessoa que você costumava ser. É bem triste mesmo que você tenha se tornado tão vulnerável, pior que isso, egoísta. Talvez esteja na hora de rever seus conceitos, enxergar o que há além do seu mundo, dar valor a quem tanto lhe ama e tanto já fez, faz e fará por você, e pensar melhor antes de falar, porque uma frase mal dita pode ferir bem mais que qualquer arma , e a dor é tão profunda que mata aos poucos.

@annyrodrigueez
segunda-feira, 4 de outubro de 2010 | By: Igors Denali
O amor se dá mais em atitudes do que em palavras, está em pequenos gestos, na ternura da simplicidade. Elogios são olhares, sorrisos. Carinho é o aconchego de um abraço, o calor de um beijo. A beleza dos sentimentos no ínfimo sussurro de um respirar apaixonado.

Igor's Denali