domingo, 18 de abril de 2010 | By: Igors Denali
Um buraco depõe meu peito, e sobressai o vazio de onde antes havia um coração. Não sinto, me enxergo ou me ouço, estou sozinho e distante, afugentado por um predador feroz e perspicaz: a consciência. Ouça comigo aquela melodia desconhecida, pois sozinho, sinto-a trespassar meus ouvidos como uma lamina, dolorosa e fria. Encontre-me. A brisa carregada com seu aroma tateia a minha procura, como que se por obséquio, quisesse fazer companhia a dor do meu desejo inoportuno. Aquele frio me congela, queima, faz-me escalar as paredes da minha mente, a única prisão que realmente devia ser temida. Com o tempo contra mim, rastejar às cegas a procura de um sentido para tudo isso já não é mais suficiente. Desistência, desapego. Esqueci o sentimento esmagado sob meu vazio, e penhorei aquele nobre órgão solitário. O espaço vago que agora carrego no peito, é a minha única doce lembrança.

Igor's Denali

6 comentários:

Juliadibsoares disse...

*----* que lindo (:

Anônimo disse...

*----* que lindo (: +1

Nathalia Gonzalez disse...

MUITO LINDOOO :) *-*

Anônimo disse...

simplismente perfeito *-*

algo que poderia nos completar para sempre pode acabar com meras palavras, em poucos segundos não é? Então, tudo fica tão vazio e sem sentido e o que sobra são meras lembranças, quando menos esperamos a vida nos surpreende, mas quando o amanhã chegar iremos esquecer o que aconteceu e seguir em frente com o passado. O que um dia foi dor, amanhã serão apenas lebranças *-*

Unknown disse...

*----* que lindo (: (III)

Sirlon Martins disse...

Muito bom!
Orgulho-me de ter um amigo (se me permite) tão talentoso!

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