quarta-feira, 22 de agosto de 2012 | By: Igors Denali

Que situação soturna e impiedosa, essa de aguardar, nesse estado de ansiedade, por um sinal seu, no alto da madrugada, enquanto você já se encontra no décimo estagio de seu sono noturno. Nesse silêncio, meu, que não é quieto, e nem de longe calmo. E assim, quando a força do cansaço é maior que aquela a qual você exerce sobre mim, sei que é também parte da magia que se esvai. Então, me perdoe, me perdoe mas estou abrindo mão, estou te deixando ir seguir seu caminho, seu destino sem mim. Ou talvez eu quem esteja partindo, por já ter passando do ponto, maduro além da conta para acreditar nesse “Era uma vez” no qual adentrei com tudo, sem medir o caminho pelo qual teria de percorrer até o “felizes para sempre”. 

Não quero, não me importo mais: é o que preciso acreditar, mesmo quando ainda espero esperançoso por um sinal seu a me acordar, quem sabe. Mas minha mente não se cala. Meus lábios se precipitam, inútil, inútil quando só meu coração é capaz argumentar. Alguém poderá ouvir? Minha mente. Silenciosa demais, ator(mentada)doada de tantas dúvidas. Tantos se calam, tantas mais são caladas. O ensurdecedor do silêncio incomoda demais. 

Talvez de madrugada tenha sido o momento impróprio, talvez durante a manhã a fase ruim, e agora, não sei?! Tarde ou cedo demais?! 

Ainda aguardei por um sinal seu. Aguardei...

Agora já não vale a pena mais pensar, esquentar a cabeça, não quero mais aguardar. Deixa passar, deixa pra trás.  
Porém que fique o lembrete de que o que eu mais desejei foi encontrar você. Te assistir repousar no sofá da sala, na cozinha fazendo um café forte, ou até mesmo se aventurando com algo novo. Desejei entrar no meu quarto pra descansar o corpo, depois de um dia estressante e encontrar você, na ponta da cama, a minha espera. Eu quis, mais do que tudo, te ter ali, na hora, e te ganhar num abraço em meio aos sussurros, falando o quanto senti sua falta e não me surpreender ao ter reciprocidade. Mas então, ao chegar em casa, eu passei pela sala, pela cozinha, fiz meu café forte, fui com ele até o quarto e deitei na minha cama sozinho. 

Sozinho dormi. 

Dormi, mas só depois de esperar, num incrível estado de ansiedade, por um sinal seu. Dormi, mas só depois de me cansar dessa sensação de quase pele, de quase abraço, de quase beijo que se prolonga quando a história se trata de você, onde é tudo um QUASE, e nunca é completo.



- Igor Denali
segunda-feira, 23 de julho de 2012 | By: Igors Denali

Eu era jovem [vestes e mente velhas] e te conheci. E mesmo lá, eu dizia seu nome não apenas pela beleza sonora estupenda, mas porque queria sentir você como parte de mim. Como se quisesse que você arrancasse o gesso no meu peito, mas eu, definitivamente sem ter a certeza se as coisas lá dentro já estão curadas, te rechaçasse. Pelo medo do novo. Pelo “não deixe doer novamente”. Insano, doentio, vagamente familiar a feridas recém não-cicatrizadas, não faz sentido, mas não deve fazer. Desculpe, não sou bom o suficiente não estando completamente são. E mesmo quanto estou, não sou. Sabe, geralmente te vejo como um compromisso para o qual estou atrasado há anos e ainda nem escolhi a roupa, escovei os dentes, arrumei o cabelo, ou ao menos decidi se realmente queria ir. [Eu realmente quero ir, sério.] E mesmo com esse constante batuque da sua voz na minha cabeça, ocupando meu tempo. O tempo ocupando a mim inteiro. [bu, lalala] Insistido em desacreditar minha tese de que não fomos feitos um para o outro. Dando esperanças de que eu não serei apenas eu, eternamente sem o tal “outro”. Ou um. E que se dane a ortografia. Como se você fosse meu jogo favorito [no bom sentido da coisa, se é que existe algum], que viciasse, não enjoasse, e que como a maioria, MUITO [sem ter como questionar] melhor jogar de dois.

- Igor Denali

domingo, 17 de junho de 2012 | By: Igors Denali
É essa sensação que tenho ao bater em seu boné, implicar com sua voz, suas roupas e seu jeito desgarrado. Deliberadamente irritante, esperando que revide com alguma de suas frases mal estruturadas, ou seus gestos e caretas exageradas que mexem comigo. E depois passar um tempo relativamente longo deitada, aumentando minha percepção de como o teto de meu quarto é baixo. Sem estar muito atenta a isso, mas tentando não me importar com o fato de como seu olhar me fascina. Por desejar-te tanto. Esperar a fração de segundo em que posso vê-lo, e sentir o frio subir raspando a espinha e rir... rir da agressiva sensação de quase morte que me corta à noite ao longo de sua passagem. Por sua ausência quase completa em mim. Quase. É essa sensação que tenho ao bater em seu boné, implicar com sua voz, suas roupas e seu jeito desgarrado, deliberadamente tentando aquietar a fera dentro de mim, essa mínima parte sua que insiste em habitar clandestina aqui, que me domina e quer mais, sempre mais de ti. 

- Igor Denali
segunda-feira, 21 de maio de 2012 | By: Igors Denali

É.. não to com crédito pra te mandar mensagem como queria, pra te provocar como devia. Ainda mais depois de negar uma cam daquelas que você tinha prometido, né. Como o perigo pode ser tão delicioso... ainda mais que me é negado senti-lo por completo. Para cumprir minhas mordidas, meus toques, minhas diversões. Até para saciar meus dedinhos de desvendarem toda a maciez da sua pele. Os mistérios do seus olhos, do seu mais belo sorriso, da brincadeira em sua voz. Talvez sejam coisas demais para vergonha de menos. Talvez seja distância de menos para vontade demais. Quero sua voz no meu ouvido, sua mão na minha (cintura), seu corpo colado no meu. Quero seu amor, quero sua curiosidade, de me descobrir em ti. Sua doçura para me amansar, suas palavras para me descontrair, sua boca para me aquecer. 

(risos)  - Ana Piacentini
sexta-feira, 13 de abril de 2012 | By: Igors Denali

Começou quando perdi o primeiro dente, e então, a lista só aumentou com o decorrer dos anos. Eu perdi minha melhor amiga, perdi dinheiro. Perdi a garota que amava, e com isso, perdi o sono. Já perdi vários bens materiais, oportunidades, sonhos. E há também o medo e a coragem, esses, que perdi em várias ocasiões. Perdi familiares, colegas. "Mas cá entre nós?! Não me importo nem um pouco." Bom... realmente eu gostaria de dizer isso, mas é impossível sem perder também o restante de sinceridade que me restou. Eu sinto falta de tudo o que perdi, porque apesar de ter perdido, de longe isso significa que em algum momento eu tenha desistido de alguma delas.


- Igor Denali

sexta-feira, 6 de abril de 2012 | By: Igors Denali


I've been thinking about things 
and aren't so easy anymore 
you can't punch this distance with your own hands
and I can't be happy without you here
here

what happened between us?
what to do when I feel all revolves around you?
if you stole my heart, don't stop
don't... just don't stop

you should be mine and
not yet

I always needed you
you never cared about it
so far away

I've been thinking about things 
and aren't so easy anymore 
without you here
without you here

one only night 
maybe tonight
I'll look at stars, and
think about things 
well.. we can be easy again


I'm so yours

what happened between us?
what to do when I feel all revolves around you?
if you stole my heart, don't stop
don't... just don't stop

you should be mine and
not yet

- Igor Denali
quinta-feira, 22 de março de 2012 | By: Igors Denali

A semana se arrastava em um completo desajuste, isso provavelmente, para acompanhar o meu desequilíbrio interno, que, porém, já se estendia por um período um pouco maior para ser contado em apenas semanas. O meu quarto escuro, abafado, frio. Um frio que me deixava melancólico, por mais que sempre tenha sido apaixonado por ele. A única luz que incidia no cômodo era a da tela da Tv e das frestas da persiana na janela, e, por ela eu sentia e ouvia os pingos da chuva se misturando com a música de John Mayer, chovia, parava e ele cantava, chovia, parava e ele cantava, num ritmo completamente desorganizado. Nada estava muito “certo”. Era como se enfim, Deus estivesse em dúvida do que realmente queria, para o clima, para o pobre John,e claro, para mim. 

Vi-me em um estado semi-falecido, o qual eu decidi, na época, classificar como "presente". E como o presente, esperava que não tardasse a ser logo passado. Uma fase ruim da qual, tempo mais, tempo menos, nem me recordaria de ter acontecido. Não sentia nada, não me importava com nada, tanto faz como tanto fez, nem triste nem alegre, apenas... Eu embalava minhas pernas com os braços, balançando sem muita sincronia ou coordenação, e então parava, só para provar que eu ainda tinha controle sobre alguma coisa, por mais banal que fosse, e ainda sim, isso me jogava na cara a decadência em que eu me encontrava. Por mais terrível que tudo isso possa parecer, eu acho que no fundo eu ainda gosto da dor que sinto às vezes. Melhor do que nada. Não muito raro, penso nas coisas que nunca aconteceram, que nem poderiam acontecer. Planos que nunca se concretizaram, frases que nunca foram ditas, sensações que só ficaram subentendidas por que eu estava nervoso demais para olhar nos seus olhos e decifrar o que você sentia, o que precisava. Estava tão perto, mas ao mesmo tempo tão inatingível, e, por mais força que eu fizesse nunca alcançaria. Ficou tudo guardado, todas essas lembranças que eu não consegui me desfazer, e  mesmo se quisesse, jamais sairiam de mim, pois no fundo, nem me pertenceram realmente.

- Igor Denali
sexta-feira, 16 de março de 2012 | By: Igors Denali
I miss you, asshole.
domingo, 11 de março de 2012 | By: Igors Denali
"- Há um antigo mito chinês sobre o Fio Vermelho do Destino. Diz que os deuses predem um fio vermelho no tornozelo de cada um de nós, e o conectam a todas as pessoas cujas vidas estamos destinados a tocar. 




                   Esse fio pode esticar ou emaranhar-se, mas nunca irá partir."


Não é do meu feitio postar sobre essas coisas aqui, mas... Acabei de assistir o primeiro episódio de Touch, e só tenho uma palavra para descrever: "uau". É realmente incrível como eles trabalharam a simplicidade na complexidade dos acontecimentos. Não vou nem descrever aqui o que acontece, nem o que envolve a série, isso fica a gosto de vocês pesquisarem. Eu vou acompanhar, logo que, desde já, tornou-se uma das minhas séries favoritas. Recomendo mil vezes.
sábado, 10 de março de 2012 | By: Igors Denali
Dependendo do ponto de vista, é uma honra mudar por sua própria decisão, em vez de esperar o ciclo natural barato. Pois ser ousado é se atrever com quem/o que desconhece. Sem querer conhecer, e claro, jamais temer. Temor, estranheza e/ou fascinação de quem me olha de longe, e incompreensão, em suma, dos que comigo convivem. Por conveniência, não me orgulho, não me arrependo da distância que crio em mim, das pessoas, para que quase nunca me coloquem as mãos, por crimes perfeitos com rastros falsos e pistas errôneas, como se meu corpo transparecesse dor, e minha alma ferisse. Se meus olhos queimassem, e meu toque confundisse. E, apesar de ter escolhido uma via nem sempre tão feliz e que me faça absolutamente realizado, estou cada vez mais satisfeito pelo novo, melhorado e desapegado eu.

No pain, no gain.

- Igor Denali
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012 | By: Igors Denali

Gostaria eu, saber manusear qualquer pincel, para tingir todas as suas cores em uma tela. Ter uma maestria desigual em um lápis e criar linhas e frases, versos e parágrafos, sonetos com toda métrica e musicalidade que os mais deslumbrantes e onipotentes poemas atingem. Para ao menos poder encontrar algo além do monótono, igual, talvez chato - talvez não -, mas, que mesmo simples e na boca de todos, expressa com carinho, entrelinhas um: "boa sorte, que Deus lhe cuide pela manhã e pela noite, com a urgencia da saudade, como para quem tem dor",  eu te amo .

- Igor  Denali
terça-feira, 31 de janeiro de 2012 | By: Igors Denali

”Não consigo me aceitar assim. Eu nunca fico bem comigo mesmo, sempre está faltando alguma coisa. Eu me sinto totalmente inútil, insuficiente para todos. Às vezes, me sinto inferior a todo mundo. Me sinto um lixo. Eu sei que não sou, mas é assim que eu vejo. Fico colocando na minha cabeça que nunca vou encontrar alguém, e que nunca vão me aceitar assim. Baixa auto-estima acaba comigo. Já escutei vários ”você é lindo”, mas soam tão forçados, parece ser por educação. Também já escutei ”você é feio”, eu já sabia disso, e pareceu verdeiro. Alguns dizem que é inveja, não que eu prefira acreditar que seja sinceridade, mesmo que seja isso que eu entenda. Não adianta tentar me dizer que sou bonito e especial, eu acredito no que eu vejo, acredito no espelho do meu quarto. Para muitos é só drama que estou fazendo, mas não é, pense o que você quiser, só estou dizendo como me sinto. Não me sinto bom o suficiente para ninguém, e muitas pessoas não se cansam de esfregar isso na minha cara. Vou me achar assim, insuficiente, até que me provem o contrario, ou até alguém fazer eu me sentir diferente, de verdade.” 

Kássia Ferreira | Adaptado
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012 | By: Igors Denali
Como os falsos e invejosos não são considerados doentes (ainda), mas sim pessoas com caráter corrompido, não há muito que ser feito a respeito. Sendo assim, mantenhamos distância e tomemos banhos constantes em sal grosso.   






-Igor Denali / Revista Clips


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012 | By: Igors Denali
Injetou na veia sete anos de reabilitação jogados fora. E em pouco tempo era fantasma flutuando com os pés na terra. Sorriu de piada alguma e a loucura bateu à porta, mas expulsou-a, a casa já ocupara-se demais com seus delírios vagos e corriqueiros. Sentiu-se jovem novamente, por mais que ainda fosse, não aparentava. Perdia-se na imensidão de seu próprio vazio, que na verdade era raso e profundo, perfurado de tanto ter sido cavado à procura de ouro. Apesar de ouro algum ter sido encontrado, de futuro algum ter sido garantido. É que todas as pessoas anseiam por saúde, um bom cargo na empresa, e tem aqueles mais determinados, que desejam ser médicos, ou qualquer outra merda de emprego bem remunerado. Casar, ter filhos, viver por eles, e só dormir quando estiverem num belo caixão adornado por todos os tipos de flores raras que seu rico dinheirinho pôde pagar. 

Não que se importasse com isso, não dava a mínima. - Dane-se essa maldita idéia de abstinência ante ao sucesso. – dizia para si mesmo, antes do tratamento, quando a cada nova agulha que enfiava em sua pele, um mundo novo se mostrava, desse que vale a pena viver nele. - Riscou e acendeu um cigarro, dando um trago após o outro. Sorriu, enquanto se deixava levar. Jogou-se na cama, acertando-a por pouco e prosseguiu em sua fantasia, sabendo que havia deixado o destino em outra cama, junto com a dignidade, o amor, a possibilidade de uma vida feliz e um trabalho bem remunerado... Mas naquele momento nada importava. Riu dos idiotas sentados em suas mesas nos escritórios, riu dos médicos empapados de sangue em suas salas de cirurgia. Riu-se. Condimentou sua vida até o último instante em que a droga fez efeito. Era Rei naquele instante, era Super - Homem, Batman, Lanterna - Verde e todos os tipos de heróis que gostaria de ser, era celebridade, era estrela do rock e ainda assim, a partir do momento em que desistiu de sua vida, não foi ninguém. 


- Igor Denali
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012 | By: Igors Denali

Sem as emoções seriamos zumbis, modelos extremamente padrões. Sem Ansiedade, raiva, ciúmes, inveja... Olha, até que parece bom não sentir, apetece a idéia de não ter percepção de como é a desilusão de um amor não correspondido, ou de uma traição, não é?! De certa forma seria sim muito bom, mas por outro lado também não saberíamos qual é a sensação de um objetivo conquistado, a felicidade de estar ao lado de alguém que gostamos, o fulgor do corpo/corpo. Poderia ficar aqui escrevendo o dia todo, dissecando e argumentando sobre todos os sentimentos, sobre o lado positivo e o negativo. Medo, confiança, felicidade, tristeza, surpresa, depressão [...] Mas não faria diferença, porque sem eles não existira “nós”, e ir contra eles, é negar a natureza humana, porque até os mais mal vistos, como a raiva, podem ser benéficos de acordo como são administrados.

Igor Denali / Revista Clips
terça-feira, 10 de janeiro de 2012 | By: Igors Denali

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(...) Apegar-se a algo ou alguém, torna parte da pessoa um pedaço nosso, e ao perdê-la, de certa forma perdemos essa parte de nós. E convém dizer, não é fácil deixar um pedaço de você ir embora, ou desapegar do que tomamos por “insubstituível”. Acredite, esquecer você não vai. Fingir que não aconteceu, é o mais provável. É um meio de auto-proteção - e para não usar o termo "mentir para você mesmo" -, fingir que se sente bem ou obrigar-se a seguir em frente. Mas seguir em frente de verdade, mesmo, só vai acontecer quando realmente superar. Conseguir olhar para o fato em seu passado, e não sentir nada sobre ele, além de indiferença.

Igor Denali / Revista Clips