sábado, 2 de março de 2013 | By: Igors Denali


Empresta-me o teu peito, caro amigo. Pois tornar-se-á insuficiente os breves sopros de desabafo que me saem pelas frestas. Sopros nesse varal de sentimentos imaculado, por mais que sobrecarregado, que segue de um lado a outro do meu eu. Sua carga ensopada tal, que de saudade já não cabe nem mais uma peça. De incertezas então?! 

Óh, empresta-me o teu peito, irmão. Pois ainda há essa falta de coragem que me estupra, essas entrepassadas vírgulas que me impedem sair inteiro. Porque eu, no meio dessa gente toda sou só mais um e eu dentro de mim sou um universo todo precisando ser decifrado. 

Doe a mim teu peito apenas uma vez mais, sinta meu dessabor. Entenda que sou dor pulsante conjugada a essa ilusão de falsidade e amor. Um misto de sentimentos pendurado em um varal sobrecarregado e que às vezes pesa um pouco mais para que se suporte sem apoio. 

Ainda angustiado, devolvo-lhe agora o teu peito, na esperança de que o meu esteja um pouco menos doido do que de costume.

- Igor Denali

3 comentários:

Ana J. disse...

Eu tinha quase me esquecido da inteligência das suas palavras, e da força com que elas combatem os grampos que as mantêm no fio. <3

Anônimo disse...

Seria errado dizer que te amo? Me apaixonei pelo que é, e pelo que não é. Não considere como amor ao que chamam relacionamentos, mas amor as palavras. Admiração. Acredito que seja possível amar sem desejo. Se aceita este conceito te digo livremente que te amo. Se não aceita, te digo te amo. Afinal, na maior parte do tempo quem ama sofre e sangra. Na maior parte do tempo o amor é errado, é árduo e bruto, mas continua sendo amor.

- MPSC

Ju Bravo disse...

Olá tudo bem?
Vim aqui dar um selo para o blog, o selo de blog Versátil, com intuito de ajudar a divulgar blogs com menos de 200 vizualizações.
o selo está neste link abaixo no meu blog, é só pegar ok.
Mil beijos.
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