Tuesday - August 9, 2011
Admito, possuía minhas teses de que chegaríamos a esse ponto mesmo antes de ter a coragem de organizar aquela sensação em um raciocínio limpo. Permiti que estivesse, que falasse, continuasse, explicasse, argumentasse, resolvesse, complicasse, atestasse, discutisse, traduzisse, incomodasse. E como fez questão de incomodar, e como! Dir-lhe-ia que não fazia falta – às vezes-, dir-lhe-ia, sobretudo, que não causava incômodo algum, mesmo que soubesse que era mentira e, como uma criança levada, até maquiavélica, esperasse que os fins justificassem os meios.
Cá entre nós: não justificavam. Aquele círculo vicioso idiota; a sensação de que algo está errado e que tão logo é subjugada pela incapacidade de tomar as rédeas da situação. Vício. Tal qual, a falta do sentir da culpa, que deveria ser implacável, e mesmo que ausente faz-se artimanha e me impulsiona sempre de volta aos mesmos olhos castanhos claro, como se os pudesse viver a cada segundo da vida em uma espécie de realidade diferente, arremessando a realidade atual para adiante, adiante, adiante. Adiante até que sumisse, fundindo-se com as paredes do fim da vida.
Situações específicas nas quais me sinto fraco em um sentido generalizado. De caráter, fraco de personalidade, de significado e outros tantos que logo sei que utilizo de forma exagerada, mas que em sua totalidade me são reconfortantes, no mais, melhores do que a ausência e o completo não-entendimento. Prefiro me cansar de tudo e me depreciar sem gosto a depreciar a senhorita, de olhos castanhos claro, bonita e sanguessuga e na lousa faço desenhos. Até brinco com as palavras, veja só, num ímpeto de que o pensamento não dure muito tempo na ponta dos meus dedos para que logo possa pensar outra coisa e conservar a imagem que sempre tive.
denali.
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