Realmente estou chateado com alguma coisa. E desculpem se não pedir desculpas por não querer me abrir. Meus problemas, minha vida. Não, não quero um ombro amigo para desabafar, como também não quero que derramem sobre mim os problemas de suas vidas, que são assim, se não mais, talvez igualmente frustradas. Realmente estou irritado com alguma coisa, nada importante, e também não irei falar sobre isso. Só... estou cansado. Estou cansado de olhar nos olhos das pessoas e ver o falso interesse pelo que se passa no interior da minha cabeça. Cansado dos falsos sorrisos, esses que servem apenas para iludir e nada preenchem aqui dentro. Cansado de estar cansado. De querer, não... de precisar chorar, e faltarem as lágrimas. Porque não sobrou nada. Nada. E essa raiva repentina, esta que sinto agora. Vem do nada, por qualquer coisa, um ódio absurdo que transborda por todos os lados. E quando essa... “coisa” não machuca, magoa, ou fere de todas as maneiras alguém. E para que não magoe, lá vou eu me trancar no meu quarto, mofar na minha cama. E então quando se torna impossível, lá estarei a andar de madrugada pela rua, com as feridas abertas novamente. Não vejo a hora de me mudar logo, não é por querer fugir. Não... na verdade é por querer fugir, esquecer esta vida. Não sei socializar, e às vezes acho que não nasci para ter várias pessoas ao meu redor. Mas que inferno de vida é essa, que mesmo quando tento extravasar, só consegue atrair mais e mais problemas para si?! E até hoje, procuro a quem culpar por isso. Mas essa “coisa” que me toma por si, causadora de todos os problemas, esta de que tento fugir, sei no fundo, que sou apenas eu mesmo. Não há como explicar. Típico de mim, deixar um texto sem fim, sem nexo, mas realmente não tenho mais o que dizer. Acabaram também as palavras. Agora posso mesmo dizer que não me sobrou nada. Enfim, não que me importe com isso também. E não, isso não foi um desabafo. _|_
─ Igor's Denali